A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) na tarde de quarta-feira, 30 de abril de 2025. A cadeira estava vaga desde fevereiro, com a morte do cineasta Cacá Diegues.
Míriam recebeu 20 dos 37 votos possíveis dos acadêmicos. O ex-senador Cristovam Buarque obteve 14 votos. Três votos foram em branco. Com a eleição, Míriam passa a integrar o grupo de imortais da ABL e se torna a quinta mulher entre os atuais integrantes da instituição.
A nova acadêmica tem 72 anos e é comentarista de política e economia do grupo Globo desde 1991. Seu trabalho jornalístico é reconhecido nacionalmente, com diversas premiações ao longo da carreira.
Produção literária e reconhecimento
Míriam Leitão é autora de 16 livros. Sua produção inclui obras de não ficção, romances, crônicas e livros voltados ao público infantil.
Entre suas obras mais conhecidas está Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda, lançada em 2012. O livro recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e também foi eleito Livro do Ano de Não Ficção.
Em 2023, publicou Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades. O título rendeu à autora o Prêmio Intelectual do Ano − Troféu Juca Pato, em 2024.
Prêmios e trajetória no jornalismo
Ao longo da carreira, Míriam foi eleita várias vezes como a +Admirada da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças. A eleição é promovida anualmente pelo portal J&Cia.
Ela também recebeu o Prêmio Personalidade da Comunicação, concedido pela Mega Brasil. As premiações reforçam sua atuação destacada na cobertura de temas econômicos e políticos.
Míriam é conhecida pela análise de conjunturas políticas e econômicas em programas da Globo e GloboNews. Seu trabalho tem marcado presença na imprensa brasileira por mais de três décadas.