Na última sexta-feira, 14 de abril, a Globo promoveu um evento no palco principal do Rio2C, no Rio de Janeiro, para celebrar os 50 anos dos programas “Globo Repórter” e “Fantástico“. A celebração contou com a presença de importantes nomes da emissora, como Sandra Annenberg, Maju Coutinho, Poliana Abritta, Monica Maria Barbosa, diretora do “Globo Repórter”, e Bruno Bernardes, diretor do “Fantástico”. A mediação ficou a cargo de Mariana Gross.
Desde 1973, “Globo Repórter” e “Fantástico” se consolidaram como pilares do jornalismo brasileiro. “Globo Repórter” é conhecido por suas reportagens aprofundadas sobre temas variados, como saúde, tecnologia, sociedade, meio ambiente e viagens. “Fantástico” se destaca por sua abordagem diversificada, misturando jornalismo investigativo, entretenimento e esportes nas noites de domingo.
Sandra Annenberg explicou o processo de produção do “Globo Repórter”, destacando a importância da sintonia com o público. “A gente escolhe um tema, se conecta com o que estão falando, com as rodas de conversa. Depois, entra numa grande pesquisa e vai descobrir o que pode trazer de novo”, disse Annenberg.
No “Fantástico”, o compromisso com a inovação e o entretenimento é uma constante. Poliana Abritta e Maju Coutinho compartilharam a fórmula que mantém o programa relevante por cinco décadas. “A resposta está ali, na redação do ‘Fantástico’, na letra da música da abertura do programa”, comentou Abritta, referindo-se à diversidade de temas que vão do lúdico ao sério. Maju Coutinho complementou, ressaltando que o “Fantástico” é “a Disneylândia do jornalismo”, capaz de transitar entre diferentes tipos de pautas.
Monica Maria Barbosa ressaltou a relevância histórica do “Globo Repórter”. A pesquisa para a série comemorativa dos 50 anos revelou que o programa sempre esteve à frente de seu tempo, abordando temas como capacitismo, direitos do consumidor e meio ambiente desde a década de 70. “Encontramos programas da década de 70 sobre capacitismo, direitos do consumidor, meio ambiente. Outro que questionava a exaltação da beleza da mulher de forma que tornava ela um objeto para os homens”, disse Barbosa.
A diretora também mencionou o impacto do programa na vida dos espectadores, destacando histórias de pessoas que mudaram seus hábitos ou carreiras inspiradas por matérias do “Globo Repórter”. “O programa de hoje é sobre saúde, sobre tudo o que apresentamos, mas sempre jogando para frente”, afirmou Barbosa.
Para o segundo semestre, o “Fantástico” prepara uma série de comemorações que incluirão novos quadros e documentários. Maju Coutinho e Rael apresentarão a série “Música Preta Brasileira”, destacando a influência da ancestralidade africana na música brasileira. Renata Ceribelli trará para a TV o podcast “Prazer, Renata”, e Poliana Abritta abordará histórias de pessoas que mudaram de opinião no quadro “Onde foi que eu errei”. A trajetória do programa também será revisitada em cinco documentários, cada um cobrindo uma década do “Fantástico”.
Bruno Bernardes, diretor do programa, enfatizou o processo de redescoberta da história do “Fantástico”. “Estamos fazendo um mergulho incrível na nossa história para preparar esses cinco documentários. Tem sido fascinante, incrível redescobrir os tesouros do baú do programa”, resumiu Bernardes.
As celebrações de 50 anos desses programas não são apenas um marco para a Globo, mas também uma oportunidade para refletir sobre a evolução da sociedade brasileira e do mundo ao longo das últimas cinco décadas.